Por que falar sobre
Lésbica
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No Brasil, as mulheres lésbicas começaram a se organizar formalmente em 1979. Inicialmente, essa organização se deu a partir do Grupo Somos, em São Paulo, o primeiro grupo de afirmação gay no Brasil. O grupo começou a perceber atitudes machistas de integrantes do grupo. Ao mesmo tempo, nos movimentos feministas haviam atitudes lesbofóbicas. Em resposta a esse cenário, criaram o Grupo de Ação Lésbico-Feminista. Esse grupo organizou a manifestação que deu origem ao Dia Nacional do Orgulho Lésbico.
Depois de 40 anos, a luta das mulheres lésbicas continua. O apagamento lésbico existe e por isso ainda é necessário lutar por mais visibilidade e pelo direito de existir. Quando se fala em lesbianidade, é importante uma abordagem interseccional. As lésbicas negras, por exemplo, são atravessadas por duas opressões: racismo e da lesbofobia. Como já disse uma vez a intelectual negra lésbica Audre Lorde “no movimento negro sou lésbica e no movimento de lésbicas sou negra”.
Como aprender mais sobre
Lésbica
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Não é fácil para mim falar com vocês aqui como uma feminista negra lésbica e admitir que algumas formas como me identifico dificultam que me escutem. Mas nos encontrarmos em meio às diferenças exige flexibilidade conjunta, e, enquanto vocês não forem capazes de me ouvir como feminista negra lésbica, nossas forças não estarão realmente conectadas